António Braga

No entanto, embora António Braga seja uma marca focada em histórias, estas não são contos populares, conhecidos por todos e contados por muitos. Estas histórias são criações do próprio António, fruto do seu conhecimento e ponto de vista. Isto motivou-nos a representar o António não como um contador de histórias, mas como um autor.

Para tal encontramos inspiração num marco visual da história das histórias: a página de rosto de um livro. Mais do que uma capa, muitas vezes desenhada para seduzir e representar a história, a folha de rosto é o ponto onde o autor é apresentado como criador da história, imediatamente antes do começo da narrativa.

Dois aspectos importantes das páginas de rosto foram centrais no desenvolvimento da marca: os layouts de fortes hierarquias tipográficas e o caracter fino do papel, através do qual se conseguia antever a sombra da próxima página e, consequentemente, do início da história.

Assim, no packaging de cada vinho, existem sempre duas camadas. A primeira, tal como uma folha de rosto, é composta de tipografia impactante, destacando o nome do António como autor da obra. A segunda, mais clássica e reminescente da primeira página de um romance, conta a história de cada vinho. No packaging isto foi alcançado envolvendo a garrafa com uma folha de seda na qual está inscrita a “folha de rosto” que, uma vez removida, revela a “primeira página” no rótulo da garrafa.

A conexão da marca com as histórias é completada com outros detalhes de inspiração editorial: o símbolo e o selo da marca prestam homenagem aos antigos selos das editoras, enquanto por todo o packaging e comunicação se encontram termos de origem literária como “editado em” ou “uma história de”.